O interesse das empresas em aprimorar as ações de treinamento e capacitação dos colaboradores a medida em que a necessidade de desenvolver novas competências e mais habilidades se torna essencial diante de um mercado cada vez mais competitivo. Mas nenhuma estratégia de educação corporativa é completa nos dias de hoje sem a inclusão do aprendizado social ou Social Learning no “pacote”.
O que explica isso?
O Social Learning não é algo novo. Desde o final da década de 70, quando Albert Brandura criou a teoria de que o comportamento humano é aprendido pela observação de outras pessoas, já vem sendo uma medida considerada positiva no processo de aprendizagem. Defende basicamente que não é somente o que se emprega nas disciplinas que contribui para a formação do indivíduo.
É também fruto da interação e de tudo o que se compartilha com outros colegas de aprendizado. Ou seja, a troca de experiências, informações, conhecimentos e até de dúvidas é um ingrediente que faz a diferença para que o que se aprende nas aulas seja absorvido de maneira ágil e colaborativa. Se aprende algo ou se aprimora algum conhecimento com outras pessoas.
Com o tempo e, principalmente, com o surgimento e popularização de plataformas baseadas em tecnologia, o Social Learning ganhou mais espaço, literalmente. Assim, passou a ser estimulado para ser realizado tanto presencial quanto virtualmente em canais próprios, como os fóruns em plataformas de Educação a Distância, ou até mesmo em redes sociais, como grupos no Facebook e no WhatsApp.
O papel do moderador ou do monitor ainda é importante, mas o que conta no Social Learning é a troca entre os alunos primordialmente.
No caso das empresas que investem em educação corporativa, uma das grandes vantagens de incentivar o Social Learning é que isso permite que haja uma personalização ainda maior do conteúdo. Ou seja, as empresas podem montar um programa de educação continuada personalizado, com os temas que deseja priorizar.
Com o Social Learning, a partir da participação dos colaboradores, consegue agregar elementos ligados diretamente ao dia a dia da empresa. Isso pode se refletir mais adiante na aplicação prática do que se aprende nas aulas, mas também pode servir de motivação para que os colaboradores valorizem e participem com ainda mais interesse das atividades.
Social Learning aplicado na prática
Social Learning combina as ferramentas das mídias sociais com uma mudança na cultura organizacional, uma mudança que estimula a transferência contínua de conhecimento e conceitos, e conecta as pessoas de uma forma que faz o aprendizado ser um prazer.
A frase é de Harold Jarche, especialista no assunto, e reforça a ideia de que o Social Learning não basta observar. A ideia é interagir (comentar, perguntar, compartilhar…), mas também criar conteúdos próprios. É uma forma de aprender que vai além do modelo tradicional porque coloca os alunos também como protagonistas, no papel de geradores de conhecimento.
Para as empresas, isso é um “tesouro” porque consegue reunir diferentes pontos de vista que no fim das contas pode resultar um novo processo, uma solução capaz de melhorar uma rotina ou até gerar maior produtividade. Quanto mais houver essa interação, maiores as chances de assimilação do que conteúdo e mais bem treinado estará o colaborador.
Por isso, partindo para o Social Learning na prática, as empresas têm dois desafios principais:
1) Criar os canais para que os colaboradores possam trocar conhecimento. Se usa o EAD, reforce a importância do fórum de discussão. Pense também em manter um blog para a publicação de conteúdo relacionado aos temas da aula e deixe uma área de comentários abertas para a participação da equipe.
Avalie como é o uso de redes sociais e aplicativos de mensagens entre os colaboradores para criar grupos, sem esquecer de definir regras de uso para manter o foco e evitar distrações. E não deixe de pensar também em ações presenciais como rodas de conversas em que a participação dos colaboradores seja a atração principal.
Veja exemplos de conteúdos que podem fazer parte do Social Learning do projeto de educação corporativa da sua empresa:
– Compartilhamento de arquivos de referência via Google Drive para comentários e anotações;
– Conteúdos de blogs;
– Compartilhamento de notícias;
– Perguntas e respostas de listas e fóruns de discussão;
– Vídeos online;
– Posts em redes sociais;
– Chats temáticos em grupo via ferramentas como Skype e Hangout;
– Compartilhamento de slides e apresentações;
– Compartilhamento de links de referências, incluindo páginas no Facebook e perfis no LinkedIn e Twitter.
2) Estimular a participação nas ações é o grande desafio do Social Learning. É muito comum, por exemplo, uma pessoa acessar um grupo no Facebook, mas sem interagir, ficando apenas na observação. Mas o que dizer e o que fazer para que participe? Uma primeira medida é colocar o Social Learning no mesmo patamar de importância das demais ações de educação corporativa.
Ou seja, é uma ação complementar, mas que precisa ser parte da rotina dos colaboradores porque reforça as especificidades do negócio e aproxima mais do dia a dia de todos. Deve-se ter a percepção de que o treinamento faz mais sentido com o Social Learning ativo e com a interação de todos, a todo momento.
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