Lifelong Learning: coloque aprendizado continuado na sua vida.

Você sabe o que é Lifelong Learning? Numa tradução livre, quer dizer “aprendizado continuado”. O termo começou a ser usado na década de 90 e ganha um novo contexto diante de uma geração cada vez mais autônoma e conectada, com mais possibilidades de acesso à informação e conhecimento. A aprendizagem, neste caso, é flexível, diversificada e disponível em diferentes momentos e em diferentes lugares, conforme definição da consultoria Lifelong Learning Council Queensland, além de cruzar segmentos direta e indiretamente relacionados com a área de formação.

 

O aluno que pratica o aprendizado continuado, ou “lifelong learner”, não se prende ao ensino de sala de aula (presencial ou virtual) e foge do modelo padrão. Faz algo que pode complementar a formação e se tornar um diferencial e – indo atrás de mais conhecimento, sente-se motivado e determinado a agir desta maneira. Isso inclui não apenas o material didático tradicional, mas principalmente as experiências em multiplataformas, sozinho, em grupos, online e offline.

 

O Lifelong Learning não concorre com a educação formal. Muito pelo contrário. Cabe até ser incentivado pelas Instituições de Ensino Superior (IES) como um meio dos alunos agregarem conhecimento a sua formação, assim como ocorre no Ensino Híbrido ou no Social Learning nas empresas. Ou seja, o Lifelong Learning é um ingrediente que não pode faltar na rotina de aprendizado nos dias de hoje. E as IES podem inclusive estimular a prática com uma “grade” de opções para quem deseja ir além da sala de aula até como parte de uma ação para maior engajamento.

 

Não precisa esperar concluir a formação para dedicar-se ao aprendizado continuado. Ainda durante a formação, seja presencial, seja a distância, o desejo de saber mais precisa estar presente. A motivação para buscar conhecimento extra precisa ser parte do dia a dia do aluno. Pense no futuro: quem garante que a profissão escolhida hoje terá as mesmas características daqui a 10 anos?

 

Um estudo do SENAI, por exemplo, revelou que 30 novas profissões em oito áreas predominantes do setor industrial brasileiro, vão surgir na próxima década. O ensino formal será importante neste processo, mas como as necessidades do mercado mudam cada vez mais rápido e isso exige profissionais mais flexíveis com mais capacidade de adaptação ao novo, ser um “lifelong learner” não será uma opção, mas uma obrigação.

 

Lifelong Learning para aprender a “pivotar”

Em “Comece por você”, livro que tem entre seus autores Reid Hoffman, co-fundador e presidente do LinkedIn, abordam com precisão a tendência do Lifelong Learning fazer parte da vida de quem está ou vai ingressar no mercado de trabalho. Hoffman fala sobre a importância de ser um “beta eterno”, uma versão atualizada do termo “eterno aprendiz”, fazendo menção a um termo comum em produtos recém-lançados e que ficam em fase experimental e de aprimoraram por um longo período (estágio beta).

 

Esta visão é defendida pelos autores de “Comece por você” porque, segundo eles, em algum momento da carreira, será necessário “pivotar”. Ou seja, usando um termo comum do basquete, em que o jogador faz uma jogada com a bola sem tirar um pé de apoio do chão, eles defendem que haverá um momento em que se atuará na profissão de formação, mas seguindo uma vertente secundária. Ou um plano B. E como fazer isso se não aprendem mais sobre algo que pode complementar a formação e que permita essa guinada (maior ou menor) dentro do mercado em que atua?

 

Um exemplo comum nos dias de hoje: um profissional formado em jornalismo que atua com marketing digital. As técnicas que aprendeu para atuar como jornalista são sua base de trabalho para a produção de conteúdo a partir da coleta de informações. Para atender ao mercado de marketing de conteúdo (com produção de posts e ebooks, por exemplo), ele “pivota”. Isto é, busca aprender a respeito das características específicas do conteúdo para marketing digital, como uso de palavras-chave e etapas do funil de vendas, e agrega ao que sabe por formação (construir bons textos, bem escritos, com português adequado, entre outras características).

 

Pilares do Lifelong Learning

Aprender a aprender é o grande desafio para colocar o Lifelong Learning em ação. Para inseri-lo no dia a dia, uma dica é seguir os pilares apontados pela consultoria Lifelong Learning Council Queensland:

 

Aprender a saber – Significa dominar ferramentas de aprendizagem em vez de aquisição de conhecimento estruturado para aprender sozinho, sem depender de outras pessoas.

 

Aprender a fazer – Quer dizer equipar as pessoas para os tipos de trabalho necessários agora e no futuro, incluindo a inovação e adaptação da aprendizagem a ambientes de trabalho futuros.

 

Aprender a viver juntos, e com os outros – Somar conhecimentos individuais com o objetivo de contribuir para novas competências que propiciem, a partir da troca de experiências, benefícios para uma comunidade.

 

Deseja incentivar o Lifelong Learning entre os alunos da sua instituição de ensino? Compartilhe sua experiência com a DTCOM!

 

Assinatura Redação

 

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