A pandemia do novo coronavírus veio de forma inesperada e mudou rapidamente nosso jeito de fazer as coisas — inclusive a maneira de estudar.
Todos os setores foram atingidos, entretanto, a Educação é uma área que sente severamente essas mudanças.
De acordo com dados do Banco Mundial, somente no mês de abril de 2020, em um período de três semanas, cerca de 1,4 bilhão de estudantes ficaram fora da escola em mais de 156 países.
Já a UNICEF calcula que, somente nos países da América Latina e do Caribe, cerca de 95% dos alunos matriculados na educação básica estão com as aulas suspensas devido à COVID-19.
Com as escolas fechadas, tanto professores sem formação EAD específica quanto alunos, muitas vezes, sem ferramentas digitais precisaram, de uma hora para outra, aderir às atividades escolares on-line.
Ao contrário do que comumente as pessoas estão chamando de Educação a Distância (EAD), a essa modalidade de ensino dá-se o nome de Ensino Remoto Emergencial (ERE).
Embora, à primeira vista, essas modalidades possam parecer iguais, você verá que há diferenças muito particulares entre elas.
Parecidos sim, iguais não!
Mesmo apresentando algumas similaridades, o ERE é muito diferente da EAD, a começar pelo propósito de cada um.
O ensino remoto praticado durante a pandemia assemelha-se à EAD apenas no quesito tecnologia, já que ambos a utilizam para ter acesso ao conhecimento. No entanto, os objetivos a serem atingidos, assim como os princípios de atuação e mediação do ERE continuam sendo os mesmos de uma educação presencial.
Para alcançar o patamar de EAD, deve-se ter o apoio de tutores, além de uma carga horária dissolvida em atividades que utilizam diversos recursos midiáticos para cumprir a proposta pedagógica.
Muitas plataformas já eram preparadas para tal fim, como universidades a distância, porém, para a maioria das instituições de ensino, foi uma reviravolta e tanto na maneira de ensinar e aprender.
A instituição deve estar preparada de forma tecnológica, e não apenas teórica, para aplicar a EAD. Desse modo, a migração forçada da sala de aula para o meio digital que ocorreu em 2020 certamente não pode ser chamada de EAD.
Por quê? Pois professores que nunca atuaram a distância tiveram que se adequar a videoaulas; alunos acostumados a aprender pela interação precisaram aprender a estudar sozinhos, sem troca de informações com colegas e sem poder tirar dúvidas com seus professores.
Assim, esse foi o novo normal educativo em 2020, uma “EAD” em caráter de urgência ou, na nomenclatura correta: Ensino Remoto Emergencial (ERE).
Diferenças entre ERE e EAD
O Ensino Remoto Emergencial (ERE) usa a internet como principal ferramenta educacional e é uma solução temporária para continuar as atividades pedagógicas após a pandemia forçar as escolas a fecharem as portas.
Embora o ERE seja uma solução rápida e acessível para muitas instituições, é utilizado por um curto período de tempo, em caráter emergencial. Por outro lado, a EAD tem a sua estrutura e a sua metodologia com foco em garantir o ensino e a educação a distância com qualidade e aproveitamento satisfatórios.
Desse modo, para ser considerada modalidade EAD, faz-se necessário que a prestação de atendimento educacional, a aplicação de atividades e a regência de aulas sejam centralizados em um ambiente virtual de aprendizagem.
A EAD tem sua estrutura didático-pedagógica baseada na flexibilidade e possui os conteúdos, atividades e design adequados às características das áreas dos conhecimentos gerais e específicos.
Portanto, não é apenas a interação digital que define o que é EAD, mas a maneira como essa interação é feita.
Principais características do ERE e da EAD
Para facilitar a sua compreensão sobre o assunto, confira a seguir as principais características das modalidades ERE e EAD.
ERE – Ensino Remoto Emergencial
- É adotado em caráter emergencial e temporário, visando cumprir o cronograma de aulas presenciais.
- Oferece conteúdos e atividades virtuais para compensar a falta ou insuficiência de interação educacional presencial.
- As aulas geralmente ocorrem ao vivo — professores e alunos conectados simultaneamente (como no Google Classroom, por exemplo).
- Ensino nas horas e dias similares aos que ocorreria na modalidade presencial.
- Não dispõe de um AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem) pensado e elaborado para tal função, ou seja, as interações virtuais são, de certa forma, improvisadas.
- Não estabelece um padrão avaliativo usando metodologias e ferramentas diversificadas.
- Segue o objetivo do ensino presencial: transmitir conteúdo de uma grade curricular e sanar as possíveis dúvidas que surgem, mas com contato virtual por meio de vídeos, aplicativos de mensagens, entre outros.
- Centrado nas figuras do professor, que repassa o conteúdo, e dos alunos, que o recebem.
- Muitas vezes não é possível disponibilizar vídeos aos alunos, por isso as transmissões de aulas devem ocorrer em horário combinado.
EAD – Ensino a Distância
- Também é um modelo de ensino remoto, mas ocorre de forma planejada previamente e não de modo emergencial, a fim de suprir aulas suspensas por algum motivo de força maior.
- Todo o curso, ou parte dele, é ministrado a distância, com um AVA pensado e criado para esse fim, disponível 24 horas por dia.
- Apresenta estrutura virtual completa com tutores, vídeos, questionários, podcasts, transmissões de aulas, fóruns, atividades em geral e outros recursos que viabilizam um ensino de qualidade.
- Possibilita muita flexibilidade, já que as aulas são gravadas, dando ao aluno a oportunidade de fazer seus estudos no momento que lhe for mais conveniente.
- Em geral, possui um método híbrido de avaliação, mesclando provas on-line com avaliações realizadas em polo presencial.
- Propicia interação entre o aluno, o professor e o tutor. O professor conduz as aulas, ensinando o conteúdo da sua disciplina, ao passo que o tutor presta auxílio e é suporte para o aluno no AVA.
Ficou claro para você as diferenças entre essas modalidades?
Em 2020, adaptação foi a palavra de ordem da educação. Professores e alunos precisaram se adaptar rapidamente a uma realidade com a qual não tinham muita familiaridade.
Por isso, se você quiser implantar em sua escola as ferramentas de ensino EAD, a DTCOM é sua melhor opção.
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