Lixo tecnológico, estamos inovando ou destruindo o futuro?

Lixo eletrônico, estamos inovando ou destruindo o futuro?

Vivemos em uma sociedade crescente com os avanços e mudanças da tecnologia. Mas hoje, de nada adianta crescer quando deixamos de evoluir. Enquanto alguns possuem uma vida ágil e online, outros levam uma vida sombria e sem futuro em torno dos lixos eletrônicos vindos da população obcecada pela era digital.

 

Vale lembrar, logo no começo, que o erro não vem da tecnologia. Mas sim das más escolhas que as pessoas fazem ao utiliza-la. Inovar não é só colocar em prática uma ideia jamais vista antes, inovação é transformar um limão em uma limonada sem deixar de jogar a casca no lixo correto. Estamos inovando para trazer soluções aos problemas ou simplesmente para ficar em dia com o ambiente virtual?

 

Um celular disponível para cada habitante do mundo? Errado! Atualmente, somos 8 bilhões de pessoas para 25 bilhões de dispositivos conectados à internet. Estima-se que até 2020 esse número mude para 50 milhões, dobrando em apenas dois anos. E quando um desses aparelhos eletrônicos, de qualquer tipo, para de funcionar ou simplesmente quero descartar?

 

Bem-vindo a Agbogbloshie, o maior lixão eletrônico do mundo!

lixo tecnológico

Foto: Kevin McElvaney

Em 2016 foi gerado cerca de 44,7 milhões de toneladas de lixo tecnológico pelo mundo. Você tem noção do quanto isso vale? É o equivalente ao peso de quase 4.500 torres Eiffel. Esses lixos são provenientes dos EUA, Holanda, Espanha, Reino Unido, Bélgica, entre outros, e chegam todos os meses em Gana, na África. Na maioria das vezes, ilegalmente.

 

É lá que podemos encontrar o maior lixão tecnológico do mundo, o Agbogbloshie. Um amontado de lixo tóxico composto por monitores, celulares, TVs e outros, ocupa uma área que possui o mesmo tamanho de 11 campos de futebol. Mas por lá, nada de jogadores correndo atrás da bola. Apenas pessoas buscando sobrevivência diante de uma situação desprovida de oportunidades. Trabalhadores, sendo 40% crianças, afundam suas vidas diariamente em busca de algum material que possa ser vendido ou reutilizado.

 

A estimativa de vida das pessoas que trabalham nesse lixão e da população que mora perto, não chega aos 30 anos. Sim, é assustador! Mas não tente ficar confortável achando que o Brasil está ileso dessa realidade. O país gerou 1,5 milhões de toneladas de lixo eletrônico no ano de 2016, ficando em segundo lugar entre os geradores de resíduo tecnológico na América. Por aqui, esse tipo de lixo acaba junto com todo o tipo de material distribuído nos lixões. Agravando ainda mais os problemas de contaminação, além de prejudicar o solo, a agricultura e os lençóis subterrâneos de água. 

Foto: Kevin McElvaney

O meio ambiente não é o seu depósito de lixo!

Dados do relatório internacional da Global E-Waste Monitor 2017, mostram que foi possível reciclar apenas 20% das 44,7 milhões de toneladas de lixo eletrônico no ano de 2016. Sendo 30% de produtos novos e 70% já utilizados. Entre os produtos usados, mais de 15% é lixo inútil. Ou seja, não tem chance alguma de ser reaproveitado.

 

Ferro, chumbo, cobre, alumínio são alguns do componentes que podemos encontrar numa sucata eletrônica mista. Esses e outros materiais, contaminam a água no subsolo, o próprio solo e, quando queimados, a atmosfera, prejudicando cada vez mais o meio ambiente e a saúde das pessoas no mundo inteiro.

 

A tecnologia é importante, mas a nossa vida também!

Hoje, 05 de Junho, é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente e sentimos a obrigação de relembrar que o futuro depende inteiramente de nós. Para onde vamos, onde queremos chegar e como iremos chegar? Faça essas três perguntas antes de depositar qualquer tipo de lixo no meio ambiente.

 

Aqui na DTCOM, separamos todo o lixo eletrônico da empresa e em seguida enviamos para o ponto de coleta consciente. Não temos dúvida que a tecnologia moverá o futuro, assim como vem movendo o nosso presente. Mas isso só será possível enquanto a natureza estiver por aqui para nos abastecer durante essa grande viagem que chamamos de vida.

Pontos de coleta de lixo eletrônico em Santa Catarina!

 

Assinatura Redação

 

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