Nativos digitais: sua instituição está adaptada?

Educação para nativos digitais

O foco aqui é discussão recorrente: como efetivar a aprendizagem dos nativos, que não sabem o que é estar desconectados, pois nasceram com a internet, convivendo em meio a computadores e dispositivos móveis? Para responder a esta pergunta, antes é necessário saber quem são: parte da geração Y (Millennials) e geração Z (Pós-millennials), compostas pelos nascidos ao final da década de 80 e a partir de 1995, respectivamente.

Prensky diz que esses jovens estão acostumados com informações em tempo real, recorrendo a fontes on e não off-line. Entender como pensa essa nova geração é o segredo para que a educação, de fato, produza efeito, defende o pesquisador. Fica a dúvida: o que estaria faltando em sala para que “aluno Y/Z” mantivesse o mesmo nível de interesse que gerações passadas durante a aprendizagem?

O Relatório de Monitoramento Global da Educação, da Unesco, lançado em 2016, aponta que, até 2020, o mundo poderá ter excesso de trabalhadores com níveis educacionais mais básicos, ou seja, déficit de pessoas com ensino superior. O dado sugere que as instituições e governos precisam investir de forma abrangente em educação, a fim de que as camadas sociais mais baixas da população tenham acesso a nível de graduação, destaca o relatório.

É necessário qualificar o ensino para que – sustentem pedagogias do século 21, de modo que desenvolvam habilidades que possam promover o “sucesso no mundo do amanhã”, destacou o Diretor de Educação e Habilidades Andreas Schleicher, da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O Diretor reflete acerca dos dados da última edição de uma das maiores avaliações de estudantes do mundo, a PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes).

Além disso, é necessário, segundo o relatório sobre educação da Fundação Santillana, que as instituições promovam formas de aprendizagem colaborativas, buscando “enfoque competencial” em seus currículos. Isso porque o currículo tem alto impacto na integração da tecnologia com a sala de aula.

Dessa forma, mais que tecnologia, é preciso ter conteúdo qualificado e disponível por meio dos mais diversos dispositivos e formatos, que se adaptem ao contexto dos nativos digitais, de forma a desenvolver habilidades e engajamento.

E quando se trata de educação a distância, é maior a preocupação de que o modelo educacional esteja alinhado ao contexto dos nativos. Os Millennials assistiram as primeiras aulas de EaD, ainda quando o Ministério da Educação começava a autorizar cursos nessa modalidade, e em formatos simples. Hoje, o material didático está disponível por meio de diferentes objetos de aprendizagem, como ambientes virtuais, videoaulas, chats, fóruns, serious games, bibliotecas virtuais, entre outros que promovem nova perspectiva de interatividade.

 

Material didático da DTCOM foca perfil de nativos digitais e imigrantes

A Doutora em EaD pela UFSC e Diretora de Educação da DTCOM, Rita Guarezi, cita que o material didático precisa ser construído tendo como premissa algumas “diretrizes educacionais”.

Entre as diretrizes, a Diretora destaca a “contextualização”, para que o conteúdo seja adequado à realidade social, histórica e econômica do estudante. A “ênfase no aprender a conhecer, fazer e ser”, garante práticas que levam em consideração os níveis cognitivos de cada estudante. “A teoria aliada à prática” que envolve o aluno, instigando-o a aplicar o que aprendeu por meio de situações problema e estudo de casos, por exemplo.

Por fim, a Diretora destaca a importância do uso de “metodologias ativas”, desafiando o estudante a pesquisar, refletir e resolver problemas. Segundo a pesquisadora, adotar práticas embasadas em diretrizes como essas “adaptam o material didático ao estilo de aprendizagem de nativos e imigrantes digitais”.

Fica a reflexão: o que a sua instituição tem feito para se adaptar ao novo modelo de EaD?

*Artigo publicado na Revista Inoveduc

Assinatura - Norton Moreira - CEO da DTCOM

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