Como medir a felicidade no ambiente organizacional

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Nunca se falou tanto sobre o conceito de felicidade como se fala atualmente, e o âmbito do trabalho não poderia ficar de fora dessa discussão, afinal, é no trabalho que passamos em média ⅓ da nossa vida (ou até mais) investindo nosso tempo e nossa energia.

Mas o que é realmente a felicidade? É possível alcançar felicidade no trabalho? Se sim, como a organização pode medir a satisfação de seus colaboradores?

 

Antes de tudo, o que é realmente a felicidade?

Segundo o dicionário online de português, a felicidade pode ser definida como uma “Sensação real de satisfação plena; estado de contentamento, de satisfação”. Partindo dessa definição, será que é possível atingirmos uma sensação de satisfação ou contentamento no desempenho de nossas funções trabalhistas?

Para o filósofo, professor e palestrante Mario Sergio Cortella, a felicidade é algo momentâneo, ou seja, ninguém pode ser feliz o tempo todo, uma vez que passamos por extremos de prazer e descontentamento. Dessa forma, ser feliz é uma circunstância e não uma constância.

Para o estudioso, o conceito de estar feliz pode variar, pois algumas pessoas sentem-se (ou acham que se sentem) felizes ao conquistar um bem material; outras, segundo ele, experimentam a satisfação pessoal quando são reconhecidas e valorizadas por terem feito algo de positivo e conseguem ser úteis no trabalho.

É possível atingir a felicidade no trabalho?

Ainda sobre o conceito de felicidade, Luiz Felipe Pondé, escritor e doutor em filosofia, em um de seus vídeos do seu canal no Youtube, diz que há, ultimamente, na sociedade vigente, uma obsessão por se realizar um determinado desejo e que, quando esse desejo é realizado, acaba essa satisfação imediata, até então tida como felicidade.

Outro intelectual que disserta sobre esse tema é o filósofo, palestrante e professor Clóvis de Barros Filho. Em uma entrevista de 2016, ele postula que a felicidade é composta de pequenos instantes de alegria. Para o pensador, encontrar esses momentos de satisfação no trabalho (e na vida) é algo a ser feito no aqui e no agora. Assim, na visão dele, encontrar satisfação no trabalho é, sim, possível.

Todavia, para isso, é necessário que o líder empresarial saiba colocar os seus funcionários naquela posição em que ele pode render mais, pois, assim, essas pessoas se sentirão satisfeitas e, consequentemente, serão mais eficientes, o que só aumenta o crescimento da organização.

Complementando essa teoria, Cortella pontua que o trabalho pode ser uma excelente oportunidade para que alcancemos a felicidade, e mais: para ele, uma das melhores formas de o ser humano se sentir satisfeito, é sentindo-se motivado a fazer algo, isto é, ter um porquê concreto e “palpável” para justificar o acordar cedo todas as manhãs.

Por que o reconhecimento profissional é vital para a satisfação pessoal dos colaboradores?

No trabalho, o reconhecimento ganha ainda mais importância porque, quando o sentimento de valorização é praticado, os colaboradores sentem-se mais motivados a exercer suas funções.

Daí a importância de as empresas investirem no treinamento de pessoal, com o objetivo de que esses colaboradores sintam-se úteis à organização, e não apenas um meio para se atingir metas de crescimento de capital da instituição, sem nenhum propósito pessoal.

O que é Índice de Felicidade no Trabalho (IFT) e como medi-lo?

O Índice de Felicidade no Trabalho (IFT) é uma diretriz para medir o nível de motivação e satisfação de um funcionário enquanto prestador de serviços em uma empresa. O objetivo do IFT é entender se os colaboradores estão se sentindo realizados no desempenho de suas ocupações.

E por que o Índice de Felicidade no Trabalho (IFT) é importante para a empresa?

Exatamente porque é a partir dos resultados dessa medição que os gestores conseguirão mensurar se o quadro de funcionários está sendo produtivo. E essa produtividade decorre justamente desse nível de satisfação profissional para com a ocupação exercida no local de trabalho.

Segundo uma pesquisa da Universidade da Califórnia, um empregado feliz produz, em média, 31% a mais que outros que estão insatisfeitos.

Em outras palavras, quando o trabalhador se sente motivado, satisfeito e útil à organização, sua produtividade aumenta, o que faz com que ele consiga entregar melhores resultados à empresa que o contratou.

Como medir o IFT?

Medir o nível de satisfação profissional vai muito além de pôr no papel se os funcionários estão recebendo o vale-alimentação ou vale-transporte, por exemplo. Não que esses fatores não sejam importantes, mas há muitos outros pontos que precisam ser ressaltados na hora de avaliar a qualidade do local de trabalho. Alguns deles são:

  • a estrutura adequada do local de trabalho e os acessórios;
  • as impressões sobre o ambiente profissional;
  • a valorização por meio de feedbacks e resultados positivos;
  • a comunicação entre as equipes.

Como as empresas podem melhorar o IFT dos seus funcionários?

É essencial que os gestores possibilitem o hábito da escuta, buscando realmente entender o grau de satisfação de seus empregados, para que eles possam se sentir mais realizados e determinados a exercer suas funções. Para atingir esse fim, é imprescindível que as instituições busquem extrair o que de melhor seus funcionários têm a oferecer.

Desse modo, para que seja descoberto em que circunstâncias e/ou em quais tarefas determinado funcionário é mais produtivo, a organização pode investir na implementação de treinamentos personalizados, com o intuito de conhecer e aprimorar as competências e habilidades de cada empregado.

Afinal de contas, quando o profissional trabalha com um propósito, com um sentido, certamente se sentirá muito mais motivado do que se for exigido apenas que ele alcance uma determinada meta, muitas vezes, em condições inadequadas e sob pressão. Atitudes negativas como essas favorecem a insatisfação do colaborador e prejudicam o seu desempenho, o que resulta na diminuição da sua dedicação ao serviço prestado e, consequentemente, em uma baixa em sua produtividade, que, no final das contas, só prejudica a empresa.

O ideal é que cada organização busque estratégias que deem um lugar de escuta a seus funcionários, a fim de entender suas insatisfações e de que forma, em conjunto com os gestores, seja possível superá-las.

 Portanto, é fundamental que as instituições invistam em ações que possam contribuir com a qualificação de seus colaboradores, proporcionando atividades de capacitação e treinamento de suas capacidades e competências. Dessa forma, ambos saem ganhando, afinal, funcionário satisfeito é sinal de produtividade e crescimento (individual e coletivo).

E nós, aqui na DTCOM, podemos ajudar sua empresa na capacitação de seus colaboradores. Conheça nossas soluções!

 

 

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