Entenda a importância da videoaula em EaD

Menina estudando e assistindo a videoaula

 

Em um processo de ensino e aprendizagem, os estímulos de diferentes recursos pedagógicos auxiliam no processo cognitivo. Quanto mais estímulos o aprendiz tem, melhor é sua aprendizagem. Neste contexto, falo hoje sobre por que a videoaula segue sendo um dos mais valiosos estímulos ao aprendizado, especialmente na Educação a Distância.

O quadro a seguir mostra alguns índices de retenção mnemônica, e deixa clara a importância de se explorar metodologias e recursos pedagógicos diversos na preparação de uma aula.

 

Tabela com porcentagem de Retenção Mnemônica - as vantagens da videoaula

 

As mil e uma funções da videoaula

 

Ferrés, o pesquisador responsável pelo quadro acima, explica também que a videoaula é um recurso midiático extremamente eficiente quando falamos de estímulo para retenção mnemônica. Ela associa em um mesmo objeto didático elementos visuais, sonoros, e pode também envolver a leitura.

Além de todos esses estímulos audiovisuais, as videaulas são importantes porque podem ter diferentes funções. Podem ser meramente informativas, motivadoras, expressivas, avaliadoras, investigativas, lúdicas ou ainda metalinguísticas. E estas funções podem ser integradas: porque não incluir também em uma aula lúdica a função avaliadora ou investigativa, por exemplo?

Outro aspecto relevante é que, se a tecnologia de vídeo for transmitida em tempo real, ou estiver conectada a algum tipo de Learning Management System (LMS), as videoaulas podem ser também interativas. Isso complementa os estímulos, uma vez que além de ver, ouvir e ler, o aluno pode também interagir, por exemplo tomando decisões nos desafios apresentados pelo professor / instrutor.

 

A força da EaD

 

Por conta de todas essas vantagens, fica mais fácil entender a importância do vídeo como recurso de cursos a distância. Nas aulas desta modalidade o aluno não tem, na maioria das vezes, interação por áudio e vídeo com o professor. Assim, o vídeo cumpre, conforme o quadro de retenção mnemônica, a maior parte dos estímulos que o estudante precisa para seu aprendizado se concretizar.

Contudo, em artigo escrito em 2012, a pesquisadora Sena alerta para a prática de que muitas instituições têm usado o vídeo em demasia, e excluído ou diminuído o contato do aluno com o professor. “Essa relação impessoal e automatizada revela serem considerados mais importantes os aparatos tecnológicos – cenário, música, avatares e outros – do que a aprendizagem dos alunos”, destaca a autora.

Entendemos que as videoaulas podem ser de diferentes modelos: gravada com o ator, com professor, de encenação, de animação, ou outros ainda. Mas o mais importante é que ela seja utilizada como um recurso, e que ainda tenha desdobramentos e a mediação de um professor ou tutor. Este é o principal fator para que aquele modelo antigo de aula tradicional, de pura exposição de conteúdo e sem reflexão, não se repita, deixando a aprendizagem e o aluno em segundo plano.

 

Assinatura Rita Guarezi, Diretora de Educação da DTCOM.

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